HINO DE LOUVOR
O Glória, é um hino antiquíssimo e venerável, pelo qual a Igreja, congregada no
Espírito Santo, glorifica e suplica a Deus Pai e ao Cordeiro. O texto deste hino não
pode ser substituído por outro. Entoado pelo sacerdote ou, se for o caso, pelo
cantor ou o grupo de cantores, é cantado por toda a assembleia, ou pelo povo que
o alterna com o grupo de cantores ou pelo próprio grupo de cantores. Se não for
cantado, deve ser recitado por todos juntos ou por dois coros dialogando entre si.
É cantado ou recitado aos domingos, exceto no tempo do Advento e da Quaresma,
nas solenidades e festas e ainda em celebrações especiais mais solenes.
O primeiro ponto a ser sublinhado é que o Glória não é um hino trinitário. De fato,
pode-se dizer que o Glória é um hino Cristológico. Por ser um hino, sua letra não
pode ser alterada.
Portanto, é falsa a idéia de que basta ter as invocações “Glória ao Pai”, “Glória ao
Filho" e “Glória ao Espírito Santo”.
A entoação do Glória pelo Sacerdote ou cantor / grupo de cantores nos remete ao
evangelho de Lucas (Lc 2, 9-14), no qual primeiramente o anjo anuncia o nascimento
do Salvador e então junta-se a ele uma multidão de anjos cantando.
Sobre o hino do Glória escreve o Pe. Ocimar Francatto:
“O Hino do Glória é um hino cristológico, pois o Cristo se mantém no centro de
todo o hino. Ele é o “Kyrios”, o Senhor, que desde todos os tempos habita na
Trindade.
É um hino em prosa lírica. Um tesouro da oração cristã que tem sua origem
nos primeiros séculos. Trata-se de uma compilação de elementos que
evoluíram, mas cuja estrutura atual é muito clara.
Depois de mais de mil anos, cantamos com as palavras daquelas mesmas
comunidades antigas. Sinal de comunhão que atravessa os séculos. As palavras
dos anjos na noite do Natal: “Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos
homens por Ele amados” (Lucas 2, 14).
Em cada Eucaristia, o Natal se faz presente. Lá ele nasceu na carne da história,
aqui nasce no sinal do sacramento, mas é o mesmo Cristo.
Coloca alguns títulos a Deus: Senhor Deus, Rei dos céus, Deus Pai todo-
poderoso. Isto é feito para que a criatura não se esqueça de que Ele é o
Absoluto, o Mistério maior, o Criador. Então, recordar no Glória esses títulos
de Deus coloca-nos na dimensão de nossa pequenez diante da majestade
divina. Ele é o Rei dos céus e o Deus Pai todo-poderoso.
Alguns verbos como: louvar, bendizer, adorar, glorificar, dar graças, exprimem
a nossa pequenez diante de Deus. Ao mesmo tempo nos chama a levantar-se
até Deus. Tudo isso por causa da sua imensa glória.
O Hino do Glória é um canto completo, tem: louvor, entusiasmo, doxologia e
súplica.”
A liturgia não usa este hino nos tempos litúrgicos do Advento e da Quaresma, pelo
fato de que um hino festivo não sintoniza com um tempo de penitência e contrição.
Como se trata de um hino, deveria sempre ser cantado.
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